segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Perfil Suicida




Embora a conduta suicida tenha um espectro amplo, parece haver uma diferença no perfil dos pacientes que tentam suicídio e aqueles que realmente concretizam o ato
(Roy, A . Psychiatric emergencies. 1989; extraído de Kaplan et al., 1995)
VariávelAlto RiscoBaixo Risco
DEMOGRÁFICA
Idade> 45 anos< 45 anos
Sexomasculinofeminino
Situação conjugaldivorciado/viúvocasado
Empregodesempregadoempregado
Relações interpessoaisconflituosasestáveis
Estrutura familiarcaótica/conflituosaestável
SAÚDE
Físicadoença crônicaboa
hipocondriasente-se bem
excesso de medicamentospouco uso
Mentaldepressão gravedepressão leve
psicoseneurose
transtorno personalidadepersonalidade normal
abuso de álcool/drogasbebedor social
ATIVIDADE SUICIDA
Ideação suicidafreqüente/intensainfreqüente/leve
prolongadatransitória
Tentativas de suicídiomúltiplasprimeira
planejadaimpulsiva
salvamento improvávelsalvamento provável
desejo de morrerdesejo de mudar
auto-acusaçãoraiva
método letalmétodo não-letal
RECURSOS
poucas aquisiçõesmuitas aquisições
Pessoaisinsight pobrebom insight
afeto pobre e descontroladoafeto adequado
Sociaisisolamentobom envolvimento/integração
família pouco envolvidafamília envolvida
Além dos fatores presentes na tabela é importante ressaltar outros que aumentam o risco de suicídio:

  • pacientes com personalidade impulsiva
  • história de migração
  • ausência de convicção religiosa (católicos suicidam-se menos pelo perfil punitivo da sua ideologia, bem como a crença num destino controlado por um Deus onipotente e responsável pelos sucessos e frustrações da sua vida).
  • sentimento persistente de desesperança e pessimismo
  • perda de status sócio-econômico: fracasso profissional ou falência financeira.
  • acidentes que causem incapacidade física (p.ex paraplegia) ou impotência sexual.
  • acidentes que causem desfigurações, principalmente em mulheres.
  • ambivalência
  • fator desencadeante/estressante persistente
  • transtornos de personalidade (histriônico, borderline etc.)
  • transtorno bipolar: pode-se pensar no risco aumentado apenas na fase depressiva, mas o perfil impulsivo da fase maníaca traz cuidados particulares.
  • doenças do SNC como epilepsia, demência, AIDS etc.

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